Porto Alegre será o ponto de partida de uma nova proposta na área de entrega expressa de alimentos prontos. A partir de março, o Delivery Center deve entrar em operação, reunindo diferentes opções de restaurantes, pizzarias, lanchonetes e hambúrgueres no mesmo local físico. O modelo permitirá que o público escolha produtos variados na mesma ordem e siga o tempo esperado para a chegada da produção e entrega. O serviço já funciona experimentalmente no Food Park - complexo no bairro de Santana com sete food trucks, aberto ao público em novembro, com opção de tele-entrega desde janeiro, e projetado para operar até o inverno deste ano. A sede principal do Delivery Center, na Avenida Protasio Alves, está em fase final de construção e terá 21 unidades - 15 cozinhas e opções de farmácia, loja de conveniência e minimercado. Haverá também um pedido central para integrar as lojas e praça de alimentação do Shopping Total; e outra sede na Perimetral Terceira, Alto Petrópolis, com 20 unidades.
Empresas como Mix Natural e Cachorro-Quente do Rosário serão instaladas na sede, onde terão à sua disposição sua própria cozinha e espaço de coworking. "O escritório é compartilhado, assim como a logística de entrega, ou seja, eles têm escritório e cozinha, em um ambiente mais profissional." Juntando as empresas dará um desempenho maior Telemarketing já dobrou as vendas no Food Park, destaca o fundador do Delivery Center, Andreas Blazoudakis, também co-fundador da empresa de tecnologia Movile.
No projeto, cada sede da empresa terá cerca de quatro quilômetros de alcance, para atender 100 mil pessoas, ou 35 mil pedidos por mês. Ao todo, 250 pessoas - 100 delas, motoboys - trabalharão em cada prédio. Será possível encomendar e receber na mesma remessa um hambúrguer, um cachorro-quente e uma pizza, por exemplo. WhatsApp, Facebook e telefone serão os canais de atendimento, além do site e aplicativo em si.
A busca da conveniência também está no prazo de entrega. Uma vez feito o pedido, o cliente receberá um link para um timer com a chegada prevista dos produtos, incluindo o tempo estimado de deslocamento, com atualização constante. Blazoudakis explica que este modelo é inspirado nos serviços disponíveis na China, onde a assertividade na previsão do tempo de entrega é um grande desafio. "A ideia é dar informações mais precisas ao cliente que está à espera. Não há como operar diferentemente em grande volume", diz o empresário.
O Delivery Center deve chegar a outras áreas da cidade, como a Zona Sul, no final deste ano. Até 2021, a empresa pretende atingir 180 unidades em todo o Brasil. A iniciativa pode contribuir para transformar o chamado mercado O2O - sigla de Online para Off-line. "A diferença no O2O é que quando o cliente clica no pedido, algo acontece off-line. O usuário está on-line e o serviço está off-line." O sucesso do O2O é baseado na entrega urbana expressa, com itens sendo entregues em uma hora ou no máximo no final do dia ", diz Blazoudakis. A integração de diferentes negócios é uma forte tendência neste setor, segundo Blazoudakis.
"O futuro desse mercado será um aplicativo com acesso a tudo, como um shopping center: comida, ingressos, táxi, roupas, filmes e ingressos, por exemplo. Nos últimos cinco anos, WeChat, que é como um WhatsApp chinês , colocou 10 milhões de serviços em um único aplicativo ", explica.
Fonte: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/02/especiais/cenario_digital/611123-delivery-center-propoe-novo-modelo-de-telentrega.html
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