Tudo o que você precisa saber sobre os novos smartphones com IA generativa
- Emilly Ketzer
- Jun 10, 2024
- 3 min read
Poucos modelos de ponta podem ser considerados celulares GenAI, mas isso deve mudar em breve
A inteligência artificial generativa tem sido o termo mais popular em tecnologia de software dos últimos dois anos. Agora, ela está prestes a chegar ao mercado de hardware.
Até o final deste ano, é provável que comecemos a ver celulares sendo comercializados como aparelhos GenAI. Mas o que exatamente seria um smartphone GenAI e de onde vem esse termo? Aqui está tudo o que você precisa saber.
O termo “smartphone GenAI” ganhou destaque apenas nos últimos seis meses, quando começou a aparecer em relatórios de algumas grandes empresas de pesquisa de mercado.
Em dezembro, a Counterpoint Technology Market Research divulgou um relatório sobre o tema, descrevendo-o como “um subconjunto de smartphones que usa inteligência artificial generativa para criar conteúdo original, em vez de apenas fornecer respostas programadas ou realizar tarefas pré-definidas.”
Em fevereiro, a Gartner formulou sua própria definição, afirmando que uma das principais diferenças entre um celular GenAI e um smartphone comum é que ele é “capaz de rodar localmente um modelo base ou ajustado de IA que gera novas versões de conteúdo, estratégias, designs e métodos”.
Por mais que as definições da Counterpoint e da Gartner difiram um pouco, é seguro dizer que um smartphone GenAI pode ser considerado um celular que possui pelo menos quatro características:
Oferece aplicativos e ferramentas de IA generativa, como chatbots e apps de edição e geração de imagens.
Essas ferramentas estão integradas no sistema operacional sempre que possível, para que possam ser usadas por todo ele.
Tem CPUs (chips de computador) projetadas especificamente para lidar com tarefas complexas de IA.
É poderoso o suficiente para rodar modelos de inteligência artificial de forma nativa no dispositivo, sem precisar enviar dados para a nuvem para que os servidores os processem remotamente.
O QUE ESTES APARELHOS NÃO SÃO?
Se nos basearmos nos quatro pontos acima, fica evidente que, em maio de 2024, poucos aparelhos podem ser considerados verdadeiros smartphones GenAI. Isso porque a maioria dos modelos disponíveis hoje não tem chips projetados especificamente para lidar com tarefas complexas de IA.
Embora muitos celulares de hoje possam rodar, por exemplo, o aplicativo ChatGPT, isso não faz deles smartphones GenAI, pois, quando se usa o app, as consultas não são processadas no próprio dispositivo.
Tudo o que digitamos no aplicativo é enviado para os servidores da OpenAI para ser processado remotamente. Da mesma forma, só porque é possível baixar um app de geração de imagens, não significa que temos em mãos um aparelho GenAI, já que isso normalmente também é feito em servidores remotos.
De cabeça, com base nos quatro critérios acima, apenas os últimos modelos de ponta do Google e da Samsung podem ser remotamente considerados smartphones GenAI.
Isso porque a série Samsung Galaxy S24 e o Google Pixel 8 Pro utilizam o Gemini Nano – uma versão reduzida do grande modelo de linguagem do Google que pode ser executado no próprio dispositivo, desde que sua CPU seja poderosa o suficiente.
FUTURO DOS SMARTPHONES GENAI
Embora apenas alguns celulares de ponta possam ser classificados como smartphones GenAi, isso deve mudar rapidamente. Em junho, a Apple vai anunciar o iOS 18 e espera-se que, com ele, a empresa adicione recursos de IA generativa a alguns modelos de iPhone. O que significa que, em breve, ela pode se tornar a marca com o maior número de aparelhos GenAI no mercado.
Nem todos os iPhones que receberão a atualização poderão ser considerados smartphones GenAI. Tudo vai depender de os vários chips da série A da Apple serem poderosos o suficiente para executar tarefas de IA generativa no dispositivo.
Mas uma coisa é certa: o iPhone 16, que será lançado em setembro, será considerado uma linha de celulares GenAI – e provavelmente será fortemente divulgada como tal pela empresa.
A Counterpoint diz que, embora em 2024 apenas 11% dos aparelhos possam ser considerados smartphones GenAI, até 2027, 43% de fato serão. Até esse mesmo ano, a base instalada – ou seja, o número de celulares GenAI em uso no mundo – vai bater a marca de um bilhão de aparelhos pela primeira vez.
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